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Francesco Farioli lembra que “o FC Porto entra em todas as competições com o desejo de as disputar até ao fim e de competir por títulos” (quinta-feira, 20h45)

De volta a casa 72 horas depois do triunfo frente ao Estrela da Amadora na 14.ª jornada do campeonato (3-1), o FC Porto recebe o FC Famalicão esta quinta-feira, a partir das 20h45, nos oitavos de final de Taça de Portugal (RTP1). Na antevisão de “um jogo muito aberto entre duas equipas que querem seguir em frente”, Francesco Farioli confidenciou que “os jogos a eliminar têm um sabor diferente” e garantiu ter um grupo “preparado para todos os cenários”, porque “a motivação é seguir em frente” e “quem quer chegar à final tem de ganhar todos os jogos”.

“Este jogo merece toda a atenção e deve ser encarado com a atitude certa”, reforçou o técnico seguro de que “ganhar jogos de futebol a este nível exige muita atenção ao mínimo detalhe” e ciente da importância de os atletas “estarem ligados desde o início”, “preparados e muito atentos em todos os momentos”. “Este Clube entra em todas as competições com o desejo de as disputar até ao fim e de competir por títulos”, afirmou o timoneiro conhecedor da exigência do FC Porto em plena sala de imprensa do CTFD Jorge Costa.


Reencontro na prova rainha
“Já defrontámos o Famalicão na Liga e num dos últimos amigáveis de pré-época, conhecemo-los bem, eles também nos conhecem bem e temos de ter isso em conta. Vai ser um jogo a eliminar, por isso tem um gosto diferente. Espero um adversário mais agressivo do que aquele que vimos em Famalicão, para o campeonato, porque é uma das equipas com melhor percentagem de recuperação de bola no meio-campo adversário, são os quintos na Liga neste parâmetro, e estou à espera que mantenham essa matriz. Vai ser um jogo muito aberto entre duas equipas que querem seguir em frente.”

Mora e Veiga lado a lado?
“É uma possibilidade. O Rodrigo pode jogar tanto a 8 como a 10 ou extremo e também já jogou a falso 9. É possível estarem os dois em campo, tanto de início como durante o jogo, estamos abertos aos dois cenários.”

O Jamor como meta
“Chegar à final e ganhar a Taça é um objetivo nosso e do Famalicão. Antes de jogarmos contra eles, em novembro, eu disse que apreciava muito a sua organização tática, graças ao trabalho do treinador, e vejo que eles têm ideias muito claras com e sem bola. O jogo de amanhã vai depender muito da abordagem deles, da forma como vêm jogar ao Dragão, se vão pressionar alto ou jogar na expetativa, com as linhas recuadas. Cabe-nos encontrar a resposta certa e as soluções ideais e estarmos ligados desde o início até aos 90 minutos ou até mais, caso seja necessário.”

Gestão do plantel
“Não vou individualizar porque não faz sentido. Prefiro focar-me na gestão da equipa ao longo da temporada. Num Clube destes, entramos em todas as competições com o desejo de as disputarmos até ao fim e competimos por títulos, o que significa que temos de ganhar os jogos que vamos disputando. Claro que temos de gerir o esforço dos jogadores, porque a época é longa, mas também não podemos gerir demasiado porque precisamos de ter um onze competitivo e vários jogadores prontos a entrar. A verdade é que temos um plantel muito equilibrado, à exceção das posições em que perdemos dois jogadores para o boletim clínico, mas de resto estamos bem servidos. Claro que durante a época podem haver mais lesões, mas no geral acho que toda a equipa está preparada para jogar e está acima dos 92%, uma estatística fantástica, tendo em conta o nosso calendário. A Taça é uma oportunidade boa para rodar o plantel, gerir o cansaço do grupo e promover algumas alterações, tendo sempre em conta a forma como o jogador esteve durante a semana e a confiança que sinto nele. Tenho dado várias oportunidades e isso é muito bom.”

Kiwior e Prpic no eixo?
“Não sou um grande fã de duplas de centrais esquerdinos, mas se calhar é um dogma meu. É uma possibilidade que estamos a considerar para o jogo em Alverca, porque temos o Bednarek suspenso, e este é o momento para todos estarem prontos. Já falei das diferentes possibilidades, de o Pablo jogar como central, de jogar com dois centrais esquerdinos… são hipóteses em cima da mesa e o Dominik (Prpic) tem jogado menos do que o Kiwior, mas sempre que joga faz boas exibições, é um jogador adorado pelos adeptos pelo seu carácter, pela forma como entra em campo. É um soldado, terá oportunidades muito em breve e estou certo de que irá defender a equipa como deve ser. Com o Kiwior ao lado? É uma possibilidade.”

João Teixeira nos treinos
“Estou atento ao que acontece na equipa B, porque já estava habituado a fazê-lo noutros clubes e acho que para o Clube pode ser importante, porque desenvolver os talentos jovens é uma chave para o futuro. Estamos em sintonia nisto, acompanhamos o trabalho da equipa B e temos alguns membros do staff que fazem a ponte entre as duas equipas e partilham informação. Estou impressionado com o João Teixeira, tem um perfil muito interessante, tem boa capacidade técnica e física, é muito explosivo, tem muitas qualidades. Seja o João Teixeira, o Bernardo Lima ou qualquer outro jogador que se queira estrear na equipa A, eles têm mesmo de trabalhar e ajudar a equipa quando treinam connosco. Somos muito exigentes. Gostava de destacar a evolução do Ángel Alarcón desde o início da temporada. Quando chegou não estava ao mesmo ritmo, voltou à equipa B e a determinada altura eu senti que ele estava pronto e, numa semana, parece que sentiu um clique e hoje é um jogador capaz de ajudar a equipa, seja de início ou a entrar depois, e tem tudo para ter uma grande carreira.”

Clássico à vista nos quartos?
“A motivação é seguir em frente, porque se queremos chegar à final e festejar a conquista da Taça temos de ganhar todos os jogos. Até lá teremos de defrontar as melhores equipas em prova e o jogo de amanhã é o jogo mais competitivo até ao momento, por isso estamos focados nele e sabemos que merece toda a atenção e deve ser encarado com a atitude certa.”

O mercado de transferências
“Temos mais de 90% dos nossos jogadores prontos para jogar e isso é incrível e diz muito do profissionalismo dos jogadores, da forma como o staff trabalha e do esforço que a equipa médica faz para que os jogadores estejam recuperados. São três elementos-chave para o nosso sucesso. Ainda assim, temos a lesão do Luuk de Jong e do Nehuén Pérez, as duas surgiram de contactos, e isto pode continuar a acontecer, por isso estamos a trabalhar para tentar perceber o que podemos fazer para colmatar estas ausências. Temos a ambição de tornar a equipa mais forte e equilibrada nos setores em que estamos desfalcados. Não nos podemos esquecer dos jogadores que já cá estão e trabalham para ter um lugar. Essa é uma mensagem que quero deixar para os jogadores que possam juntar-se a este grupo, têm de vir com o mindset certo e com vontade de ajudar, de colocar os interesses do clube acima de tudo e demonstrar que têm a qualidade e as características necessárias para ajudar a equipa e competir até ao fim.”

Os constrangimentos provocados pelas lesões
“Uma das minhas responsabilidades é ver mais além do que o jogo de amanhã. Gosto de pensar nos próximos quatro ou cinco jogos, de antever cenários e de gerir o cansaço físico e mental, porque quero ter jogadores frescos nas pernas e na cabeça e com muito desejo de competir. Para trabalhar assim é preciso ter um grupo de jogadores que compreendem o processo, que aceitam as minhas decisões e que me deixam confortável pensando assim. Definimos o plano A, B e C, mas o mais comum é o plano B, porque há sempre uma lesão, um castigo e tudo muda quando se mexe numa peça do puzzle. É sempre melhor ter mais do que um plano e, se for preciso, cá estaremos para nos adaptarmos. Pesando todos os cenários, o foco está no jogo de amanhã e em dar o máximo nos desafios que temos pela frente, porque ganhar jogos de futebol a este nível exige muita atenção ao mínimo detalhe e temos de estar preparados e muito atentos em todos os momentos.”

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