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Jorge Nuno Pinto da Costa atingirá mais um marco histórico no FC Porto-Marítimo

40 anos, 66 títulos e mais de quatro mil golos festejados em dois milhares de encontros oficiais. Está é uma das muitas formas que podem ser utilizadas para resumir o legado do melhor dirigente da história do desporto rei. O embate deste sábado entre FC Porto e Marítimo, relativo à ronda de abertura da Liga 2022/23, será o 2000.º jogo da presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa - o mais longevo e vitorioso de todos os líderes futebolísticos.

Tudo começou na Amoreira a 24 de abril de 1982. Acabado de iniciar o primeiro de 15 mandatos na véspera, o recém-empossado presidente viu o FC Porto com onze portugueses em campo e um austríaco no banco empatar a uma bola no reduto do Estoril. De então para cá muito mudou. Hermann Stessl deu lugar a Pedroto e, lado a lado com o Mestre, Pinto da Costa revolucionou por completo os destinos do clube e o panorama desportivo nacional.

A primeira das 23 Supertaças de um palmarés inigualável foi também a primeira conquista da dupla José Maria/Jorge Nuno. Prestes a completar 20 meses no cargo, o líder máximo dos Dragões ergueu o troféu a que Cândido de Oliveira deu nome em pleno Estádio da Luz após duplo triunfo por 2-1 sobre o Benfica.

Já sem o amigo por perto na primavera seguinte - entretanto falecido devido a doença -, dedicou-lhe a vitória número 1 de 14 na Taça de Portugal. 1984 foi também o ano da estreia em finais internacionais, numa decisão da Taça das Taças disputada em condições altamente adversas diante da Juventus que serviu para moldar o caráter europeu e para que o FC Porto se viesse a afirmar de uma vez por todas dentro e fora de portas.

Com um discípulo da escola Pedrotiana no lugar que António Morais ocupou provisoriamente, o azul e branco começou a pintar Portugal e o mundo. Nas Antas iam-se festejando títulos em catadupa. Campeão e Bicampeão Nacional, o FC Porto de Artur Jorge já não se satisfazia apenas com conquistas internas e por isso apontou ao topo. Alcançou o Olimpo quando soou o derradeiro apito no relvado do Prater, corriam últimos dias de maio de 1987, e repetiu-o no mesmo mês e no país vizinho 17 anos depois.

Viena e Gelsenkirchen são só duas das sete cidades que Jorge Nuno Pinto da Costa colocou no mapa de todos os portistas. À Taça dos Campeões Europeus seguiu-se a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental. E à fabulosa combinação Taça UEFA/Champions viria a suceder outra vitória no atual Mundial de clubes, de novo no Japão. Pelo meio, o Dragão alcançou o inédito Penta, devorou Taças e Supertaças, foi ganhando nome além-fronteiras e sendo alimentado por alguns dos melhores jogadores e treinadores que o país já viu.

Muitos saíram, outros tantos entraram, mas o portista de Cedofeita que nunca quis ser presidente manteve-se sempre fiel à missão de uma vida. Prestes a cumprir três décadas no cargo, juntou a Liga Europa a um currículo que já superava o de Santiago Bernabéu desde a viragem do milénio. Se o mítico dirigente espanhol fez do Real Madrid um colosso, o trabalho de Pinto da Costa na Invicta em nada fica atrás.

Para lá de todas as distinções e triunfos, nunca descurou o património da instituição: remodelou um estádio, construiu outro, anexou-lhe um pavilhão e um museu, criou condições para a prática das mais diversas modalidades e preocupou-se sempre em manter o FC Porto no mais elevado patamar competitivo. Quando a fartura deu lugar à fome, viu em Sérgio Conceição o aliado perfeito para recolocar o clube no trilho das glórias.

Somam oito títulos em cinco anos de parceria, tantos quanto Artur Jorge havia conseguido, e tudo fazem para que a contagem não se fique por aqui. Aos 84 anos de uma vida que se rege pelo rigor, competência, ambição e paixão, Jorge Nuno Pinto da Costa não dá sinais de abrandar nem deixa de sentir cada vitória como se fosse a primeira. Só no futebol foram 1358, e a contagem promete não ficar por aqui.

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