Partiu o Homem, ficou a lenda. A mais recente edição da revista Dragões já está disponível em formato digital e é inteiramente dedicada a Jorge Costa, lendário número 2 do FC Porto que faleceu no passado dia 5 de agosto.

O Clube e o futebol português choraram a perda de uma das suas maiores referências. “O Capitão que nos levou ao topo do mundo” partiu onde se sentia em casa - no Olival, no centro nevrálgico do futebol portista - e para trás deixou um legado único a que as imagens e as palavras jamais serão capazes de fazer jus.

Nas palavras de André Villas-Boas, Jorge Costa “personificava tudo o que é o FC Porto” e a sua partida “deixa uma enorme saudade”. Numa declaração oficial publicada nos canais institucionais do Clube, o presidente despede-se do "amigo exigente" e da “eterna lenda” com uma mensagem comovente: “Jorge, vais deixar uma enorme saudade, mas não duvides que lutaremos por ti como tu lutaste por nós e pelo FC Porto. Nunca serás esquecido, Capitão.”

Foram muitas as figuras e instituições do desporto e da sociedade civil que fizeram questão de prestar uma última homenagem ao “Bicho”, desde o primeiro-ministro até aos milhares de admiradores - mais ou menos conhecidos - que marcaram presença no velório realizado em pleno Estádio do Dragão, onde nasceu um memorial espontâneo sob as bandeiras a meia-haste.

A revista Dragões teve 464 manchetes nas últimas quatro décadas e a de novembro de 1994 é aquela que merece destaque nesta altura. “Jorge Costa: a muralha de aço” retrata um jovem central de 23 anos que se tornaria Capitão, ídolo e símbolo, mas naquele mês era apenas um jovem a lutar por um pouco de espaço com a certeza inabalável de que o seu momento chegaria.

Numa entrevista concedida a esta mesma publicação há mais de 30 anos, o futuro Pentacampeão explicou que “o defesa tem de impor respeito, mas sem agredir. É ser duro, agressivo, mas leal” e deixou uma garantia: ““Vivo para este clube, do FC Porto nunca quero sair”. Demonstrou-o no Restelo a 19 de janeiro de 2003.

Jorge Costa festejou 21 títulos e ergueu três dos sete troféus internacionais do palmarés azul e branco: a Taça UEFA em Sevilha, a Liga dos Campeões em Gelsenkirchen e a Taça Intercontinental em Yokohama. As imagens desses momentos icónicos viverão para sempre na memória dos portistas e são recordadas nas páginas da Dragões.

Concluídas as cerimónias fúnebres, o Estádio do Dragão encheu para homenagear o Capitão e não faltaram momentos marcantes antes, durante e depois do jogo frente ao Vitória SC (3-0). A revista oficial do FC Porto preserva-os na eternidade para que dos grandes feitos nunca se perca memória.

A edição 464 da Dragões chegará, brevemente, às FC Porto Stores. Até lá, encontra-se disponível na sua versão digital. É fácil e gratuito.