Declarações de Francesco Farioli após o FC Porto 4-0 Casa Pia
O FC Porto recebeu e goleou o Casa Pia (4-0) na terceira jornada do campeonato e Francesco Farioli apreciou a “abordagem fantástica” dos atletas. Apesar de o grupo ter mostrado “intensidade e paciência nos momentos certos”, o técnico italiano defende que “ainda há muito para melhorar” e não esconde o desejo de “continuar a evoluir”, ter “os jogadores todos recuperados e a jogar a um bom nível” e “dar continuidade ao processo” que tem vindo a colocar em prática “desde o primeiro dia”.
Boas sensações
“Estou feliz, a nossa abordagem foi fantástica, lemos bem o jogo, mostrámos intensidade, fomos pacientes nos momentos certos e conseguimos criar oportunidades. Na segunda parte perdemos alguma intensidade, continuámos a trabalhar bem com bola, mas não criámos tanto quanto eu acho que deveríamos. Há muito para melhorar. Foi um bom resultado e queremos continuar a evoluir.”
Gestão do plantel
“Pensei em terminar o jogo com onze jogadores. Num jogo em que estávamos a ganhar por 3-0 ao intervalo já tínhamos três jogadores importantes com amarelo e eu procurei gerir para os proteger. Algumas faltas poderiam custar-nos caro.”
Regresso de Francisco Moura
“Jogou 45 minutos durante a semana e esteve bem. É um jogador importante para a equipa e tem de recuperar. Na próxima semana temos o último jogo antes da pausa para as seleções, mas depois disso vamos ter muitos mais jogos e queremos que eles estejam todos recuperados e a jogar a um bom nível.”
Ausência de Pepê
“Foi um azar. Ele levou com uma bola no olho e magoou-se, mas os danos serão avaliados nos próximos dias. A parte boa é que o William esteve muito bem, desde o momento em que entrou apanhou o ritmo, marcou o golo e trouxe muita energia e espírito para dentro do campo. É a prova de que a equipa está acima de toda a gente. A lesão do Pepê é muito recente, a equipa médica ainda vai avaliar para saber se ele estará disponível na próxima semana.”
O caminho até ao clássico
“Tenho sensações diferentes dos últimos jogos. Não foram desafios fáceis, nós fizemos com que parecessem porque os jogadores realmente tiveram a abordagem certa, mas é importante dar consistência ao trabalho que temos feito desde o primeiro dia. Mesmo com os bons resultados e os golos marcados, ainda há muita coisa a melhorar e temos de o fazer rápido. Temos seis dias para preparar o clássico e para dar continuidade ao nosso processo.”
A filosofia de Farioli
“Há várias formas de jogar futebol, mas eu costumo dizer que o futebol é uma questão de gosto e depende muito daquilo que gostamos ou não gostamos de ver. É um jogo de riscos, mas também de benefícios e não há nenhum estilo melhor do que o outro, na minha opinião. Eu sempre gostei de ter equipas agressivas e que se adapta a todos os cenários. De uma forma geral, gosto que eles sejam agressivos, que não tenham medo dos duelos e dos desafios, que sejam corajosos e que joguem com espírito. Isto aplica-se na defesa e no ataque para termos uma combinação perfeita. A condição física para mim é crucial e eu acredito que para ser um grande jogador, é preciso ser um grande atleta, porque o futebol moderno assim o exige.”
Luuk de Jong
“Ele deu uma masterclass para nos ajudar a encontrar combinações. Fez um jogo espetacular a nível defensivo durante os 90 minutos e ficou-me na memória uma imagem dele a fazer um arranque de uma área à outra e a recuperar a bola. Ver um jogador de quase 35 anos e com uma carreira recheada de títulos a mostrar esta mentalidade é um exemplo e uma lição para os mais novos.”
Alberto Costa e Zaidu
“Estão os dois bem. O Alberto teve algumas cãibras e, no caso do Zaidu, foi mesmo uma decisão minha dar minutos ao Francisco Moura.”
William Gomes de início
“Não mudei a minha opinião sobre ele. Ele teve sempre um forte impacto em todos os jogos, desde os amigáveis, mas hoje provou que também pode entrar. Acho que não sou o único a adorar a intensidade e o espírito dele.”
A terceira equipa
“Eu ontem disse que preferia evitar falar sobre os árbitros, mas confesso que tive algum receio da dinâmica do jogo. Quando isto acontece e afeta as nossas decisões durante o jogo, ficamos com receio do que possa vir a acontecer, por causa do ritmo a que os cartões são mostrados. Arriscamo-nos a ter um jogador suspenso quando é algo que não desejamos.”
Um casamento feliz
“Futebol é um jogo de erros e quem erra menos tem mais chances de ganhar no final do jogo. O mais importante é saber reagir e continuar a jogar com energia. Para mim é um privilégio jogar perante 50 mil pessoas que vibram a cada duelo. Deixo o exemplo de Victor Froholdt, já é a terceira vez que sai do campo e é aplaudido de pé. Começamos a ver isto cada vez mais, cada vez que o William pressiona com energia e velocidade, sentimos o estádio assim. É disto que precisamos. Ainda estamos no início da nossa jornada, mas os adeptos têm sido muito importantes desde o primeiro dia. Eles ajudaram-nos a apagar as dificuldades da época passada, mas agora cabe-nos continuar a trabalhar e a mostrar compromisso para mantermos as bancadas cheias.”
O coletivo em primeiro lugar
“Toda a gente é importante, mas a equipa está acima de tudo. O Clube é o mais importante. Tolero alguns erros técnicos, mas o meu limite é a falta de atitude e de compromisso. Eu exijo muito dos meus atletas e tento ensinar-lhes tudo o que sei. Todos têm superado as expectativas e é isso que queremos continuar a fazer.”
Olhos postos em Alvalade
“Ganhar é sempre importante e não conceder oportunidades de golo é fundamental para ganhar. Temos seis dias para nos prepararmos para jogar em casa do atual campeão e vai ser um teste muito importante para nós. Vamos perceber em que forma estamos e o que podemos melhorar. É um clássico e esses jogos são sempre especiais, por isso a abordagem tem de fazer a diferença. Respeitamos toda a gente, mas queremos estar no nosso melhor a nível de espírito e de comportamento.”
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