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Presidente do FC Porto esteve no arranque dos trabalhos de requalificação da antiga sede do clube

Foram lançados na manhã desta segunda-feira os trabalhos de requalificação da antiga sede do FC Porto situada em plena Avenida dos Aliados, no coração da cidade do Porto. O projeto foi apresentado numa cerimónia com meia centena de pessoas em frente ao prédio que será transformado num hotel de charme, entre elas o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, o CEO da Lúcios, empresa de construção responsável pela obra, Filipe Azevedo, bem como o líder da ECS Capital, Fernando Esmeraldo, sociedade encarregada da exploração hoteleira. O edifício envolve um investimento de 2,8 milhões de euros e tem conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2020.

“É mais uma obra que vai orgulhar a cidade do Porto no seu coração, mesmo em frente aos Paços do Concelho. É um dia muito especial para todos nós”, confessou o presidente dos Dragões, deixando claro que se trata “não de uma venda mas de uma concessão de 20 anos”, após a qual “o imóvel ficará na posse do FC Porto”. Discursando perante funcionários e membros da administração do clube, elementos da autarquia portuense e os parceiros do projeto, o líder portista disse sentir “uma emoção muito grande” por estar diante de um prédio onde se tomaram “grandes decisões”, onde passou “muitas horas”, festejou “muitas vitórias”, especialmente no bilhar (modalidade que ali se manteve sediada até 2014), e acumulou “noites de reunião com o saudoso presidente Afonso Pinto Magalhães e com o igualmente saudoso presidente Américo de Sá”.

Sublinhando que os parceiros foram escolhidos “conscientemente, por concurso”, depois de terem apresentado “as melhores condições”, Pinto da Costa manifestou “grande emoção” ao constatar que o edifício “não vai desaparecer e que vai ser um orgulho para o FC Porto, para os portuenses e para todos os milhares” que visitam a cidade do Porto. Fazendo uma viagem no tempo, o presidente do clube azul e branco recordou que ocupa cargos no FC Porto “desde os 20 anos” e que o prédio onde será edificada a unidade hoteleira do clube era local de “reuniões diárias”. O imóvel foi palco de momentos que não saem da memória: “Quando este prédio já praticamente não funcionava, festejei aqui um campeonato”, lembrou, aludindo a 25 de abril de 2004, dia em que a União de Leiria bateu o Sporting por 1-0 e em que o FC Porto de José Mourinho se tornou bicampeão nacional enquanto se encontrava a estagiar num hotel na zona da Boavista. “Estava aqui por causa de uma atividade de bilhar e de repente comecei a ouvir um barulho muito grande no exterior. Gritavam até pelo meu nome, algo que me surpreendeu. Quando quis ir ao hotel ter com a equipa já não consegui sair porque estava aqui uma multidão”, referiu, congratulando-se por uma obra que estará sempre ligada ao seu trajeto no clube: “Este prédio ficará imortalizado e isso acontecerá no meu mandato. É uma grande alegria para mim”.

Também o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, elogiou a intervenção do FC Porto num “edifício histórico, muito emblemático para a cidade e para o clube e que agora se adequa no seu uso às necessidades da cidade”. O autarca portuense lançou um olhar retrospetivo sobre a vida no centro do Porto para pôr em evidência uma cidade “vibrante que recuperou, no seu coração, uma imagem diferente” e que “sabe interpretar o que os cidadãos querem e gostam de ver”, ou seja, “edifícios simbólicos reabilitados” que resgataram “a sua dignidade”. Rui Moreira parabenizou o FC Porto por permitir que “a iniciativa privada construa algo que vai dignificar a cidade”, realçando que o FC Porto “soube encontrar no momento certo” os parceiros que farão com que o edifício consiga escapar à degradação. “A cidade tem de ser capaz de gerar emprego, riqueza e reabilitação patrimonial que não custa nada ao Estado, à Câmara nem ao contribuinte. É muito importante que o maior clube da cidade se associe a este esforço de recuperação. O FC Porto está de parabéns”.

Do lado dos parceiros, as expectativas são as melhores. Filipe Azevedo, da Lúcios, agradeceu ao presidente do FC Porto a confiança depositada na sua empresa e não escondeu o entusiasmo com que parte para esta empreitada: “Edifícios como este fazem parte da nossa história e como tal devem ser bem tratados. É com responsabilidade e prazer que arrancamos para este projeto. Sentimo-nos muito honrados por poder criar condições para que este edifício volte a ser o que era, agora numa nova função”, notou. Fernando Esmeraldo, em representação da ECS Capital, fez questão de falar do projeto como “um desafio muito especial e que requer das partes envolvidas uma atenção para capturar a história, o enquadramento e o contexto” da unidade hoteleira, concebida como um “hotel de charme” que capitaliza a sua “localização e valor arquitetónico”. “A recuperação deste edifício pretende devolver património à região, à cidade e ao país. O turismo está cada vez mais específico e exigente e procura este tipo de experiências, localizações e história. Agradecemos ao grupo Lúcios, ao FC Porto e à Câmara Municipal do Porto a confiança dada e espero dentro de um ano inaugurar um hotel que agrade a todos”, finalizou.

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