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"Histórias na Cidade": o Museu FC Porto espalha-se pela Invicta

Os 125 anos do FC Porto e o quinto aniversário do Museu FC Porto são o mote para a iniciativa "Histórias na Cidade", que leva até ao coração da Invicta algum do espólio azul e branco em 23 pontos selecionados, todos eles com muitos factos e curiosidades para conhecer, entre 26 de setembro e 26 de outubro. Um autêntico roteiro, de visita gratuita, que parte da Baixa e percorre o Porto, com os desígnios do dragão e a história do FC Porto como pano de fundo.

20. Piscinas de Campanhã

A história da natação portista não poderia ter outro ponto de partida que não o rio Douro. Num clube umbilicalmente ligado à cidade, foram o Douro e o mar a servir de berço à atividade de natação do FC Porto, que já tinha praticantes em 1908, 15 anos após a fundação. A primeira vitória foi assinada, de resto, logo nesse ano por Eduardo Dumont Villares.

Em 1920 foi fundada a primeira escola de natação do FC Porto, com as evoluções a surgirem, naturalmente, ao longo dos anos seguintes. O local também ia mudando. A Piscina das Antas foi casa da Secção de Natação do FC Porto entre 1968 e 2000. A partir dos anos 70, os portistas ‘Golfinhos das Antas’ dominaram a competição em Portugal, mas já antes havia gente a dar cartas, como a equipa que se fez ao rio para a travessia do Douro, em 1957, documentada na foto abaixo.

Em exposição nas Piscinas de Campanhã, atual casa da natação portista, está o bloco de partida n.º 4 da antiga Piscina das Antas, pertencente a Rui Borges, antigo nadador olímpico português, retirado da competição em 1995, após 24 anos e 258 títulos de campeão nacional no FC Porto.

A partir de 2001, então, já com o Estádio do Dragão e o fim das Antas em mira, a Natação do FC Porto transferiu-se para Campanhã. Rita Fernandes, Gestora de Atividades do Complexo, conta como foram os primeiros tempos: “A piscina era ao ar livre até 2015. Os dragões foram, durante muitos anos, campeões de tenacidade, coragem e criatividade. Inventavam-se cremes caseiros milagrosos que permitiriam treinar sem as consequências da hipotermia a que um corpo se sujeitava durante 2/4h diárias.”

“O processo de aquecimento da água facilitou muito os treinos até dezembro. Com 4 graus fora de água e um despertar às 6h30 da manhã, havia ainda nos treinos uma assistência curiosa: as gaivotas ladeavam os nadadores, muitas vezes, ameaçando pousar nos seus corpos. E ainda havia o cheiro a café e bolos da fábrica na Rua Pinto Bessa, que fazia sonhar com o final dos treinos e a compensação devida. Hoje, graças à persistência do nosso Presidente e à Câmara Municipal, o FC Porto volta a ter uma casa com novas oportunidades de mais e maior sucesso”, continua.

Hoje em dia a piscina já é coberta e, além dos atletas do FC Porto, também alberga as aulas de natação da escola Dragon Force, sendo que o espaço também inclui as secções de Desporto Adaptado e Boxe do FC Porto.

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